O CREAS

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, integrante do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), constitui-se numa unidade pública estatal, pólo de referência, coordenador e articulador da Proteção Social Especial de Média Complexidade. Esse programa é responsável pela prestação de serviços especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados, promovendo a integração de esforços, recursos e meios para enfrentar a dispersão dos serviços e potencializar a ação para os seus usuários, envolvendo um conjunto de profissionais e processos de trabalhos que devem ofertar apoio e acompanhamento individualizado e especializado.

O CREAS deve articular os serviços de média complexidade e operar a referência e contra referência com a rede de serviços sócio assistenciais da proteção social básica e especial, com as demais políticas públicas e demais instituições que compõem o Sistema de Garantia de Direitos. Para tanto, é importante estabelecer mecanismos de articulação permanente, como reuniões, encontros ou outras instâncias para discussão, acompanhamento e avaliação das ações, inclusive, as intersetoriais.

Inicialmente o CREAS de Assu oferece os seguintes serviços: Serviço de Enfrentamento à violência, abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes; Serviço de Orientação e apoio especializado a indivíduos e famílias com seus direitos violados e o Serviço de orientação e acompanhamento a adolescentes em cumprimento de medida sócio-educativa em meio aberto.

Sendo assim, trata-se de um público que enfrenta situações complexas que requer uma ação das instituições e uma estrutura objetiva para que o trabalho seja realmente eficaz.

A violência contra crianças e adolescentes é um fenômeno complexo. Suas causas são múltiplas e de difícil definição, no entanto suas consequências são devastadoras para as crianças e adolescentes vitimas diretas de seus agressores. Todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou pessoas responsáveis, contra criança e adolescente, que sendo capaz de causar dano físico, sexual, moral ou psicológico à vitima implica de um lado numa transgressão do poder, dever de proteção do adulto, e de outro, numa coisificação da infância, isto é, numa negação do direito que crianças e adolescentes tem de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento.

A violência contra crianças e adolescente consiste  num fenômeno de tal amplitude que aparece em todas as classes sociais, manifestando-se  na forma de violência física, sexual, psicológica, moral e a negligência. A  violência contra a criança e adolescente é um fator de risco infantil, 75% das crianças e adolescentes vitimizadas apresentam atraso  no desenvolvimento escolar, distúrbio de comportamento, sono, crises e regressão.